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segundas literárias, na primavera do ateliê


virgínia woolf

era uma vez um animal chamado escrita, que devíamos, obrigatoriamente, encontrar no caminho; dir-se-ia, em primeiro, a matriz de todos os animais, em segundo, a matriz das plantas e, em terceiro, a matriz de todos os seres existentes. constituído por sinais fugazes, tinha milhares de paisagens,

e uma só face, nem viva, nem imortal.

não obstante, o seu encontro com o tempo

apaziguara a velocidade aterradora do tempo,

esvaindo a arenosa substância da sua imagem.

(maria gabriela llansol, causa amante)

em mais um giro da letra, o Ateliê de Psicanálise e Outras Artes, abre as portas para os seus encontros mensais de leitura, em voz alta. para o segundo tempo de 2017, voltamos, no dia 4 de setembro, com a escritura de Clarice Lispector, que traz, em companhia, Virgínia Woolf.

os 40 anos de publicação do livro "a hora da estrela", a linda edição comemorativa da Editora Rocco, com ensaios inéditos sobre a escritora, pedaços de textos de Clarice, outros bilhetes, os arquivos revelados, a memória das cartas guardadas no Instituto Moreira Salles , o anúncio de dezembro com o "vozes de clarice", para ouvir o seu texto na cidade, o eco da sua palavra, silêncio e voz alta. um texto que retorna para ser lido, nesse momento, nos fragmentos trazidos por esses arquivos abertos, e, também, nas cartas escritas por ela.

Virgínia Woolf, escritora inglesa, que, apesar de ter nascido bem antes, foi contemporânea de Clarice, vem, ao ateliê, trazendo livros e, também, cartas. para começar esse tempo, propomos, para setembro, a leitura de "Um teto todo seu" e um encontro com a sua escrita,com a escritora, o seu biografema. já para outubro, o livro que nos encontra é "Mrs. Dalloway", em companhia da leitura das cartas que V.Woolf escreveu para Vita Sackville-West.


como podemos ler clarice e vírgínia? as cartas, os outros escritos, para além dos romances... a paisagem, o feminino (de ninguém!). eis a travessia da primavera com as leituras, no ateliê.

ler e ouvir o que elas contam sobre a escrita. Pegar em cartas estrangeiras, abri-las e poder escrever outras cartas. um jogo de cartas (e de letras!), entre elas e entre nós, leitores.

o livro, ou outro texto, para leitura mensal, é indicado junto ao material de divulgação, em cada mês, no site e por e-mail. não é "obrigatório" ter o livro indicado, para participar dos encontros. os encontros são gratuitos! abertos aos interessados, e acontecem, às 19h30, no ateliê!

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memória das segundas

no primeiro semestre de 2015, Clarice Lispector, foi lida, em "Perto do coração selvagem", absolutamente só e, depois, na companhia das "Primeiras Estórias" de Guimarães Rosa, com "Água Viva"(2015), e "A hora da Estrela"(2016). nessa caminhada de leituras, clarice fez pausa-ler com a poesia de Manoel de Barros e companhia silenciosa nas leituras da escrita e imagem desse homem-caramujo, que em dezembro de 2016, completou cem anos. no início desse ano 17, fizemos a proposta do encontro com a textura de diferentes escritores, girando nas memórias que pareciam tecer lugares __________________________________________ ruas, rios, casas. correspondências trocadas entre a escrita e o legente. livros, fragmentos de Mia Couto (Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra), Raduan Nassar (Lavoura arcaica), Matilde Campilho (Jóquei) e Orhan Pamuk (Istambul).



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